Etiqueta dos moradores e o Coronavírus
23/04/2020Coronavírus e a segurança dos funcionários
28/04/2020Uma das principais recomendações para evitar a disseminação do novo coronavírus é lavar as mãos. O reforço na higiene e na limpeza também afetou os condomínios residenciais. Agora, síndicos e funcionários estão implementando medidas para ajudar na prevenção da doença.
Jamal Suleiman, médico infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, afirma que há dois papéis importantes neste momento: o dos profissionais de limpeza, pelo seu trabalho, e de todas pessoas, de maneira geral, que devem lavar as mãos várias vezes ao dia.
O infectologista explica que a transmissão do vírus ocorre pelas fezes, quando alguém vai ao banheiro e não lava as mãos, e pelas gotículas de saliva, que liberamos em superfícies como madeira, vidro, aço etc. Se alguém tocar um objeto contaminado, como os botões de elevador, e leva as mãos para a região da boca, nariz e olhos, haverá contaminação. “É nesse contexto que há a recomendação de higienizar todas essas superfícies”, explica.
Segundo Suleiman, é fundamental que os funcionários dos condomínios utilizem equipamentos de proteção individual (EPIs) como luvas e, dependendo da tarefa, avental, óculos e máscaras de proteção. “Não basta falar para usar, tem que ser treinado para fazer isso”, diz. O infectologista ressalta que há formas corretas de calçar, higienizar e descartar esses equipamentos.
A intensificação da limpeza deve ser direcionada para as entradas e áreas de contato, como botões, maçanetas, puxadores, corrimão e até nas lixeiras do prédio —neste último pode ser que a pessoa precise utilizar a mão para abrir.
A frequência com que estes locais são limpos depende do fluxo de pessoas em cada condomínio. Ela sugere que a higienização seja feita a cada duas horas ou cinco vezes ao dia.
De acordo com a profissional, o processo de limpeza consiste em limpar e desinfetar. Em superfícies de vidro ou ferro, por exemplo, basta passar um pano de microfibra com produto multiuso ou detergente neutro e, depois, um outro pano com desinfetante, alvejante ou álcool 70. Sempre seguindo as indicações do rótulo.
Limpeza é maior onde há mais gente circulando
Áreas comuns, como brinquedoteca e salão de festas, estão fechadas e são limpas uma vez por semana. Antes, isso era feito diariamente. A exceção é a piscina, que continua com a limpeza regular para evitar que outras doenças, como dengue, se disseminem.
Com isso, os funcionários passaram a limpar maçanetas, puxadores, botões, leitores biométricos, portões e elevadores a cada duas horas utilizando álcool 70º. O hall de entrada, local movimentado, é limpo cerca de quatro vezes por dia.
“O funcionário que separa correspondências também faz higienização”, complementa Fernanda. Ela conta que além da distribuição do álcool em gel, outra medida adotada foi alterar os horários dos colaboradores para evitar aglomerações
Reforce a limpeza nos condomínios
O QUE UTILIZAR
1.Para limpar:
Detergente neutro;
Produto Multiuso;
2.Para desinfetar:
Desinfetante bactericida;
Alvejante;
Álcool 70º.
Atenção:
- Os produtos devem ser borrifados em um pano de microfibra ou flanela. Não diretamente na superfície;
- Sempre leia o rótulo do produto;
- Se necessário, siga as orientações de diluição;
- Só utilize produtos certificados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O QUE LIMPAR
1.Áreas de contato, como:
- Maçanetas/puxadores;
- Leitores biométricos;
- Portões;
- Botões de portaria e de elevador;
- Corrimão;
- Lixeira coletiva.
DISTRIBUA ÁLCOOL EM GEL
Vale colocar o produto em áreas movimentadas como:
- Entrada do prédio;
- Saída de elevadores;
- Próximo à lixeira coletiva;
- Recepção;
- Portaria.
FUNCIONÁRIOS
- Pertencentes ao grupo de risco (como maiores de 60 anos ou doentes crônicos) ou com sintomas da Covid-19 devem ser afastados;
- Todos devem ser treinados;
- Utilizarem equipamentos de proteção individual (EPIs):
- Principalmente luvas e sapatos fechados;
- Avental, máscara e óculos, conforme a necessidade.
Importante: Independentemente da função, lave as mãos com frequência.
(Fonte: Jamal Suleiman, médico infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Nathalia Ueno, CEO da Abralimp)
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Fonte: Sindiconet